A Abeiva, entidade que reúne as empresas importadoras que não têm fábricas no Brasil, após registrar 2012 como o pior ano em vendas no País, aposta na retomada do mercado de veículos importados em 2013: a primeira projeção aponta para crescimento de 16%, com volume de 150 mil unidades contra as 129 mil unidades emplacadas no ano passado. A estimativa, divulgada na quarta-feira, 9, por meio de comunicado, está bem abaixo do recorde apurado em 2011, de 199 mil unidades.
Na nota, o presidente da entidade, Flavio Padovan, faz o balanço de 2012, quando os emplacamentos de veículos importados pelas filiadas recuou 35,2% na comparação com o ano anterior, para 129.205 unidades.
“Experimentamos em 2012 o pior ano da história de 22 anos do segmento oficial de importação de veículos automotores no Brasil. A partir de setembro de 2011, quando foi anunciado o Decreto 7.567, responsável pela diferenciação da alíquota do IPI de 30 pontos porcentuais entre carros nacionais – incluindo os de procedência do Mercosul e do México – e os importados, o nosso setor sofreu duro impacto. Fato que se consolidou com o Programa Inovar-Auto, decretado no dia 3 de outubro de 2012.”
Segundo a entidade, o volume entregue pelas importadoras representa 3,55% do total de veículos novos vendidos no País no ano passado, de 3,6 milhões. Considerando apenas os importados, 913.351 unidades, incluindo aqueles das montadoras que têm fábricas aqui, a participação da Abeiva ficou em 16,48%. As montadoras locais responderam por 83,52% dessas importações ou 784.146 unidades.
Já no comparativo mensal, os emplacamentos de importados da Abeiva anotaram crescimento de 15,7% em dezembro sobre novembro, para 9,3 mil unidades, enquanto houve queda de 51,4% na comparação com dezembro de 2011.
Das 29 associadas à entidade, apenas três tiveram resultados positivos em 2012, 23 apuraram índices negativos e três ainda não iniciaram suas atividades operacionais. Do quadro associativo da Abeiva, 26 empresas solicitaram habilitação ao Programa Inovar-Auto, das quais Bentley, BMW, Chery, JAC Motors, Porsche, Rely, SsangYong, Suzuki e Volvo já obtiveram aprovação, como newcomers ou apenas importadoras.
“A situação de nossas associadas BMW, Chery, JAC Motors e Suzuki, já em fase de lançamento de veículo nacional, está bem definida. Outras deverão anunciar fábrica brevemente. Mas a maioria não terá condições de instalar fábrica no País. Com o super IPI ou com o benefício parcial por meio de cota do Inovar-Auto, o setor oficial de importação vai ter dura realidade de mercado nos próximos quatro anos”, concluiu.
Fonte: www.automotivebusiness.com.br