Segunda geração da picape terá motor 1.2 turboflex de 133 cv do Tracker
Não é nenhum exagero dizer que a Chevrolet Montana 2023 será o principal lançamento da marca para o ano que vem. A segunda geração da picape está sendo antecipada há tempos, com flagras, informações de bastidores e teasers, adiantando a mudança de posicionamento. Compartilhando plataforma com Onix, Onix Plus e Tracker, será maior para brigar com Fiat Toro e Renault Oroch, e inicia a pré-venda hoje, desembarcando nas concessionárias em fevereiro.
Esta pegada mais urbana fica clara pelo slogan: “O SUV que você precisa, na picape que você sonhava.” Não é à toa que, ao longo do ano, a GM falou sobre como a nova Chevrolet Montana 2023 tem o melhor espaço interno traseiro do segmento e que sua caçamba contará com um sistema novo de vedação contra poeira e água com a capota marítima, para que funcione exatamente como um porta-malas. E ainda terá, como opcional, uma capota rígida de abertura elétrica.
E terá de fato um parentesco com um SUV. Além de compartilhar a plataforma com o Tracker, ainda recebeu o motor 1.2 turboflex de três cilindros que equipa a versão mais cara do utilitário. Será a única motorização para a Montana, contando com uma versão usando um câmbio manual de 6 marchas e as demais com uma transmissão automática, também de 6 posições. Motor diesel? Tração 4×4? Esqueça, a arqutietura não foi feita para isso e, ao contrário da Fiat, a Chevrolet já tem uma picape com estes atributos, na forma da S10.
A suspensão é independente do tipo MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, mas a GM diz que esta última utiliza um sistema de duplo batente de rigidez variável, para ajudar na estabilidade da picape, seja com a caçamba vazia ou cheia.
O motor 1.2 turbo, como dissemos, é o mesmo do Tracker, com duplo comando variável de válvulas, coletor de escape integrado, bloco de alumínio, bomba de óleo de duplo estágio de pressão variável e mais. Terá a mesma potência e torque do SUV, entregando 133 cv e 21,4 kgfm. De acordo com a marca, traz uma calibração específica para a picape, trabalhando em uma faixa de rotação mais baixa, o que reduz os ruídos na cabine e as emissões de poluentes.
O resultado é que a nova Montana fará 7,7 km/litro na cidade e 9,3 km/litro na estrada, quando abastecida com etanol. Ao usar gasolina, o rendimento passa para 11,1 km/litro e 13,3 km/litro, respectivamente. De fato, considerando a média, acaba superando a Toro, que chega a fazer 10,6 km/litro na cidade e 13,6 km/litro na estrada na versão Endurace com motor 2.0 turbodiesel. A Oroch alcança os 11 km/litro em uso rodoviário como 1.3 turboflex.
Por enquanto, a GM não revela o consumo da versão manual, afirmando apenas que terá o melhor 0 a 100 km/h do segmento. Porém, como esta configuração será lançada em outro momento, a fabricante não quis falar muito a respeito.
Ao menos sabemos algumas medidas. Terá 4,72 metros de comprimento e cerca de 1,80 m de largura, enquanto a caçamba tem capacidade para 874 litros. Como comparação, a Toro tem 4,94 m de comprimento (+ 22 cm) e 1,84 m de largura, enquanto a caçamba carrega 937 litros. Como vimos nos flagras, está bem mais próxima da Oroch e seus 4,71 m, porém com mais espaço para carga, pois o modelo da Renault tem capacidade para 683 litros.
A proposta de ser um SUV com caçamba afeta a picape em alguns detalhes. Houve uma preocupação com o espaço interno, principalmente para a segunda fileira de assentos. De acordo com a Chevrolet, o espaço para joelho dos passageiros traseiros é, ao menos, 20 milímetros maior do que o resto do segmento e destaca também o espaço para cabeça, porém sem dizer sem dar mais detalhes.
O que deve dar muita discussão é a parte visual. A Montana é o primeiro veículo da Chevrolet no Brasil a adotar a nova identidade visual global da marca, vista em outros modelos como Blazer e Seeker. Este design é bem claro, com a adoção de um esquema de faróis duplos, usando uma linha em LED na parte superior e os faróis principais logo abaixo, mantendo a grade bem larga no estilo do Tracker. A versão Premier usa acabamentos em preto brilhante, enquanto a LTZ opta pela pintura cromada.
Como vimos no último teaser, a traseira terá uma faixa escura atravessando a tampa da caçamba e fazer uma ligação entre as duas lanternas, onde fica a maçaneta. Abaixo desta faixa estará o nome da Chevrolet por extenso e os emblemas da versão e motor.
Por dentro, encontramos a mesma cabine do Tracker, tanto é que a Chevrolet diz que “remete a de um SUV”. Terá algumas diferenças, com um acabamento mais sofisticado, usando novos materiais. O destaque é a central multimídia, por usar uma nova tela e carcaça, esta inspirada nos últimos lançamentos da marca. O display será de 8 polegadas na horizontal. O que foi adotado por outros carros e ficou de fora foi o painel de instrumentos digital, usando o mesmo conjunto do SUV compacto, com velocímetro e conta-giros analógicos e uma tela no centro para o computador de bordo.
Por enquanto, a Chevrolet revela somente uma lista mais genérica dos equipamentos que estarão na nova Montana. Terá seis airbags de série, controles de estabilidade e tração, serviço OnStar, conexão WiFi nativa, Android Auto e Apple CarPlay sem fio, chave presencial, faróis com acendimento automático, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, sistema de som JBL com quatro alto-falantes e subwoofer, rodas de liga leve de 17 polegadas, alerta de ponto cego e mais. O sensor de ponto cego e os faróis full-LED são exclusivos da versão topo de linha Premier.
A picape inicia uma pré-venda hoje (1º), nas versões LTZ, por R$ 134.490; e Premier, vendida por R$ 140.490. Além de receberem a nova Chevrolet Montana 2023 antes, os primeiros 2 mil compradores ganharão com um divisor de caçamba chamado Multi-Board, que faz parte da lista de acessórios originais. As entregas, assim como a chegada às concessionárias, estão programadas para fevereiro.