A Volvo Caminhões há anos aplica na Europa um sistema de redução das emissões de poluentes através do tratamento dos gases após a combustão. Chamado de SCR, o sistema injeta o aditivo AdBlue, à base de ureia, diretamente no duto do escapamento. A mistura passa por um catalisador, onde a ureia – que se transforma em amônia com as altas temperaturas – reage novamente em conjunto com os óxidos de nitrogênio, que são a parte mais nociva dos gases poluentes. Dessa reação resultam inofensivos nitrogênio e vapor de água, que saem do escapamento junto com um reduzido nível de óxidos de nitrogênio, dentro dos padrões Euro 5.


O sistema, presente na Europa até em alguns automóveis movidos a diesel, chega ao Brasil pelos caminhões da marca sueca. O aditivo à base de ureia – batizado de ARLA 32 no Brasil – é armazenado em um tanque que fica entre o tanque de diesel e o catalisador e precisa ser reposto como um combustível. Segundo a Volvo, o consumo do ARLA 32 é cerca de 5% do consumo de diesel. Os caminhões equipados com o SCR também trazem o sistema OBD de diagnóstico de bordo, que monitora as emissões do veículo e avisa o motorista sobre eventuais anomalias no sistema, assim como a necessidade de reposição do aditivo.
A Volvo introduz o SCR nos caminhões brasileiros para atender às novas normas de emissões de poluentes Proconve P7, que se equiparam às do Euro 5 e valerão para todos os caminhões produzidos no Brasil a partir de janeiro de 2012. A série F será a primeira a receber o novo sistema. Os FH, FM e FMX da linha 2012 prometem mais eficiência e economia de combustível, além da redução da poluição com o uso do sistema SCR. Os modelos Euro 5 deverão ser abastecidos com o novo diesel S50, com reduzido teor de enxofre em relação ao atual S500.
A Petrobras garante que o novo combustível estará disponível até janeiro.
Fonte: http://motordream.uol.com.br