Assim na terra como no céu: marcas que fazem carros e aviões 

Carros e aviões, porém, caminham juntos e trocam tecnologias desde que o mundo é mundo.

21/01/2014 - 17:57min

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Carros voadores faziam parte do imaginário das pessoas do século passado quando projetavam a vida na Terra nos anos 2000. Basta lembrar de filmes como “De volta para o futuro”, sucesso da década de 1980, que mostrava um 2015 com carros ocupando o espaço aéreo e um inovador skate flutuante. Pois bem, a realidade está um pouco atrás da ficção, mas realmente em 2015 está para chegar ao mercado o primeiro carro que voa, o Terrafugia Transition, embora ele não seja capaz de simplesmente decolar para fugir de uma rua engarrafada.

Carros e aviões, porém, caminham juntos e trocam tecnologias desde que o mundo é mundo. E o que não faltam são empresas do ramo automotivo que também participam (ou participaram) da indústria aeronáutica. Confira alguns exemplos abaixo e boa viagem!

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Terrafugia

O Transition é a coisa que mais se aproximou da ideia de carro voador até hoje. Projeto da norte-americana Terrafugia mostrado como protótipo em 2009, o veículo é considerado pela legislação um pequeno avião habilitado para rodar em estradas públicas, graças às asas dobráveis acionadas por um motor. A ideia é que você vá rodando até o aeroporto mais próximo e decole de lá para o seu destino.

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Com capacidade para duas pessoas e suas bagagens, o Transition opera com gasolina comum e tem autonomia para voar até 740 km. Com preço ao redor dos R$ 600 mil, o carro-avião está previsto para ser entregue aos primeiros clientes entre 2015 e 2016. Mais de 100 interessados já fizeram o depósito inicial para ter modelo na garagem – ou seria hangar?

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BMW

A Bayerische Motoren Werke começou fazendo motores de aviões antes mesmo de produzir motos e carros. Dizem até que o logotipo da empresa representa uma hélice de avião, com as cores azul e branca fazendo referência ao céu e às pás da hélice. Mas, na verdade, são as cores da bandeira do Estado Federal da Baviera, como já explicou a BMW num comunicado

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Hoje, a marca alemã tem um estúdio de design que desenha inclusive o interior de aviões, como os jatos Phenon 100 e Phenon 300 da Embraer. Os aviões brasileiros podem receber, por exemplo, detalhes na cabine que remetem ao interior do sedã Série 5, como superfícies cromadas ou revestidas de couro – mesmo material usado nos assentos.

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A preparação inclui ainda DVD player com telas sensíveis ao toque para os passageiros, sistema de som de alta fidelidade e iluminação ambiente por meio de leds. Os clientes que optarem pelo pacote da BMW em seu Embraer ainda têm a opção de escolher entre sete cores para a decoração da cabine, assim como diferentes colorações para os assentos e o piso, que pode ser revestido de madeira.

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Honda

Primeiro passo concreto da marca japonesa entre os aviões, o Honda Jet nasceu para disputar o acirrado mercado dos very light jets (ou jatinhos muito leves), onde concorre com o Embraer Phenon 100. O projeto japonês se destaca por soluções inovadoras como as turbinas montadas na superfície superior das asas – o que, segundo a marca, reduz o arrasto em altas velocidades e melhora o consumo em até 20%. Além disso, este layout também garante 30% a mais de espaço na cabine por eliminar as montagens estruturais dos motores na fuselagem.

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Por falar em fuselagem, ela é feita de um compósito de carbono, enquanto a asa é formada por painéis inteiriços de alumínio. Ambos os recursos deixam o avião mais liso e eficiente. Projetado para cinco passageiros, O Honda Jet tem velocidade de cruzeiro de 778 km/h e requer apenas 951 metros de pista para decolagem. Com mais de 100 encomendas firmes, o jatinho japonês tem preço a partir de US$ 4,5 milhões (superior a R$ 10 milhões).

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Ford

Com sua construção metálica ondulada, que lhe rendeu o famoso apelido de “Ganso de Lata”, o 4 AT trimotor foi o avião mais conhecido da marca do oval azul. Desenvolvido na Primeira Guerra Mundial, era fabricado com um composto de alumínio e duralumínio que o deixava praticamente imune à fadiga de metal. Tanto é que alguns desses “gansos” voam até hoje.

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Mitsubishi

Projetado após a Segunda Guerra Mundial, o pequeno turbo-hélice MU-2 voou pela primeira vez em setembro de 1963. Teve, porém, uma história trágica: 11 acidentes em apenas 18 meses de carreira. Com capacidade para até 12 passageiros, era um modelo regional capaz de voar a uma velocidade de cruzeiro de 483 km/h.

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Depois, na década de 1980, a Mitsubishi chamou a atenção da comunidade aeronáutica internacional com o jato executivo Diamond. Ele trazia soluções interessantes, como piso totalmente plano na cabine de passageiros e maior robustez estrutural proporcionada pelas duas longarinas principais fixadas na fuselagem. Cerca de 100 unidades do Diamond foram vendidas até que, na década de 1990, a norte-americana Beechcraft comprou o projeto e o rebatizou de Beechjet 400, fazendo alguns aprimoramentos e melhorias no avião.

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Agora a marca dos diamantes ensaia sua volta ao mercado aeronáutico com o Mitsubishi Regional Jet (MRJ), primeiro avião comercial do Japão em mais de 50 anos. Concorrente dos Embraer ERJ 170 e 190, o MRJ já tem 165 pedidos firmes, mas sua produção está atrasada. O jato deveria começar a ser entregue ano que vem, porém, a previsão foi postergada para 2017.

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General Motors

Já pensou num Mustang da GM? Pois ele existe! Trata-se de um caça de longo alcance com motor a pistão, o P-51 Mustang, desenvolvido pela GM’s North American Aviation durante a Segunda Guerra mundial. E tudo em tempo recorde: foi desenhado, construído e voou em apenas 150 dias! Durante o conflito, pilotos de Mustang alegaram terem derrubado 4.950 aeronaves inimigas. Hoje, a aeronave é mais associada ao pony car da Ford (como pode-se observar na foto abaixo) do que à própria General Motors.

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Rolls-Royce

Separada da Rolls-Royce Motor Cars desde 1971, a empresa é atualmente a segunda maior fabricante de motores de aviões no mundo – só perde para a General Eletric. Motores e turbinas da Rolls são destinadas à aviação civil e militar, além da geração de energia elétrica para usinas termoelétricas e nucleares, sem falar na propulsão de navios e submarinos. Há pouco tempo, o novíssimo Boeing 787 Dreamliner fez sua estreia com motores Rolls Royce Trent 1000. E o gigante Airbus A380 também usa propulsores da marca.

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Saab

Recentemente o grupo sueco ganhou destaque na mídia brasileira por conta do Gripen NG, escolhido pelo Governo para equipar a Força Aérea Brasileira. O caça tem desenho incomum, com o estabilizador horizontal à frente da asa, e um único motor General Electric F414G. Outros atrativos estão nos equipamentos eletrônicos, como um radar de antena basculante que varre o espaço aéreo em volta e sensores de raios infravermelhos, além de câmeras que vasculham o terreno abaixo.

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A história da Saab com aviões, porém, remonta a outros tempos: a marca atuou também entre aeronaves comerciais, fabricando os turbo-hélices 340 e 2000 durante as décadas de 1980 e 1990. Já a parte automotiva da empresa decretou falência em dezembro 2011, sendo comprada pelo grupo sino-japonês National Eletric Vehicle Sweden (NEVS) um ano depois.

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Subaru

A Fuji Heavy Industries, dona da Subaru, começou em 1953 desenvolvendo de aviões no lugar da antecessora Nakajima Aircraft Company, que atuava no ramo desde 1917. Em 1958, testou o T-1, primeiro avião de treinamento japonês a jato, e lançou ao mesmo tempo o minicarro Subaru 360. Em agosto de 1965, voava pela primeira vez o FA-200, um pequeno monomotor para quatro ocupantes que tinha o apelido de “Aero Subaru”. No campo aeroespacial, a Subaru é reconhecida por sua competência em sistemas para aviões não tripulados e pela participação no desenvolvimento de aeronaves comerciais.

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Fonte: www.carplace.virgula.uol.com.br

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