A Consumer Eletronics Show, que ocorre em Las Vegas (EUA) até o dia 13 de janeiro, tornou-se um tradicional espaço para a indústria automobilística mostrar os últimos projetos de tecnologia avançada. A Audi, por exemplo, destaca-se pelas atualizações do sistema de pilotagem automática. Quando o carro está a uma velocidade inferior a 60 km/h, é capaz de mover-se lentamente sozinho.
E mais: suponha que você tenha um A7 e precise estacioná-lo em uma vaga estreita, que impossibilite a abertura das portas. O sistema resolve o problema. Basta sair do veículo antes e assistir à manobra. Após atingir o posicionamento ideal, ele é trancado e uma mensagem é enviada à chave ou ao celular do motorista, confirmando a conclusão da tarefa. Caso a garagem esteja equipada com sensores, o carro também pode sair sozinho da vaga e ir ao encontro do motorista. Basta mostrar o caminho a ser percorrido através de um aplicativo. Ainda não se sabe quando o sistema estará disponível, mas as tecnologias já foram desenvolvidas – controle de cruzeiro, mecanismo stop-start, pilotagem automática, radares e câmeras.
No quesito conectividade, a Audi apresentou na CES a última versão de seu sistema que permite a condução do carro a partir do programa de geolocalização Google Earth e das imagens do Google Street View. As informações sobre o tráfego podem ser trocadas por redes sociais integradas, como Facebook e Twitter. Já que não é permitido usar o celular ao dirigir, a tecnologia lê os e-mails em voz alta e transforma em mensagem de texto o que o motorista falar. Além disso, o canal de comunicação Car-2-Car cria um canal entre os condutores para que eles troquem dados sobre a presença de congestionamento ou de faróis apagados, por exemplo.
A marca alemã também mostrou a tecnologia Beam Matrix, ainda não permitida pela legislação de trânsito norte-americana. Os faróis especiais são capazes de obter, através de sensores, câmera e sistema de navegação, as informações adicionais sobre o que está ao redor do automóvel. Se detectado um corpo estranho, um feixe de luz pode ser dividido de forma que destaque o objeto na estrada sem incomodar os olhos do motorista. Outro diferencial do sistema de iluminação é o laser que emite sinais ao carro que está atrás. Ele pode projetar uma linha vermelha de segurança para estabelecer a distância mínima entre os dois automóveis. Ou, ainda, em casos de neblina, desenhar com a luz um triângulo de alerta.
Segurança e comodidade
O evento de tecnologia também serviu como espaço para mecanismos de segurança. A Toyota e a Lexus desenvolveram um carro que, de longe, parece bem estranho. Ele está equipado com sensores e controles de observação dos arredores, GPS, radares e detecção 360º de objetos próximos ao automóvel. As câmeras tridimensionais captam a presença de outros corpos a até 150 metros de distância. E mais: são capazes de mensurar a velocidade destes itens. As antenas montadas no teto do carro podem usar o GPS mesmo antes de o veículo mover-se.
Nos atuais tempos de “Onde você está?” ou “Em que está pensando?”, a Ford lançou o aplicativo para smartphone que permite ao motorista compartilhar com os amigos das redes sociais onde ele está, precisamente, no trânsito. Basta sincronizar a tecnologia com o volante e apertar um botão de “Glympse”.
E para que adianta dizer onde está e controlar a segurança se não puder escutar uma musiquinha? A Chrysler desenvolveu o sistema Uconnect, que oferece a opção de integrar aplicativos de rádio como Aha, iHeart Radio e Pandora. Ou seja, o motorista pode pré-programar o tipo de canção que tocará no automóvel. Dá até para censurar aquele cantor chato que todas as emissoras insistem em reproduzir. Basta “bloqueá-lo”.
Fonte: www.revistaautoesporte.globo.com