A Abeifa, entidade que representa importadores e fabricantes de veículos, registrou expressiva baixa de 13,4% nas vendas de seus associados no primeiro semestre deste ano. As empresas representadas pela organização venderam 46,4 mil carros de janeiro a junho, contra 53,7 mil unidades no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa.
“Uma série de fatores combinados influenciou o resultado”, enfatiza o presidente da Abeifa, Marcel Visconde. O executivo enumera o menor ritmo de crescimento da economia, a aceleração da inflação e o número menor de dias úteis do primeiro semestre, principalmente o mês de junho, quando a atenção do consumidor ficou voltada para a Copa do Mundo. Para ele, no entanto, a maior seletividade dos bancos para liberar crédito não foi um problema tão grande, já que muitas marcas filiadas à entidade oferecem carros com preço mais elevado e atraem, portanto, clientes com maior poder aquisitivo.
As vendas totais de modelos importados, considerando também os negócios realizados pelas montadoras associadas à Anfavea, tiveram queda de 9,9% no primeiro semestre, para 297,5 mil veículos. A Abeifa destaca ter participação de apenas 15,6%% nesse total. Se comparado com o vendido no mercado brasileiro no período, que somou 1,58 milhão de unidades, entre veículos nacionais e importados, a entidade aponta ter registrado participação de 2,9%.
No mês de junho as associadas da organização venderam apenas 6,3 mil veículos, com expressiva baixa de 33,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 12,6% sobre maio. “Esperávamos queda por causa da Copa do Mundo, mas não imaginávamos que seria tão profunda”, admite Visconde.
2º SEMESTRE
Depois do difícil primeiro semestre a entidade espera que as vendas fluam um pouco melhor na segunda metade do ano. A Abeifa mantém a projeção de que os negócios cheguem a 110 mil veículos este ano. Para alcançar o resultado, no entanto, o esforço será grande. A média mensal de emplacamentos até dezembro precisará subir consideravelmente, para cerca de 10,5 mil veículos/mês.
O presidente da organização aposta lembra que a segunda metade do ano terá mais dias úteis e é tradicionalmente é um período mais aquecido para a venda de veículos. “Teremos ainda o Salão do Automóvel de São Paulo, que estimula o consumo”, avalia.
Fonte: www.automotivebusiness.com.br