O otimismo no setor de autopeças e a expectativa de melhorar a qualidade e a competitividade da indústria foram os temas centrais da abertura da 3ª Automec Pesados & Comerciais – Feira Internacional Especializada em Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos Pesados e Comerciais.
O cenário promissor foi destacado pelo presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo De Vera, que também falou sobre o crescimento da feira, hoje com mais de 500 marcas expositoras. Em 2008 a empresa passou a dedicar uma Feira só para autopeças de veículos pesados, dando origem ao principal evento deste segmento no Brasil. “No começo haviam dúvidas se a indústria iria dar suporte ao evento. Estamos felizes com a qualidade que a Automec Pesados & Comerciais alcançou. Hoje a Feira é uma vitrine do setor, comprovando a força da indústria de peças para veículos pesados”, comentou Juan Pablo De Vera.
Paulo Butori, presidente Sindipeças, destacou o crescimento espantoso da Feira e a importância do setor para a Economia brasileira. Segundo ele, um milhão de pessoas estão empregadas no setor automobilístico. Butori chamou atenção para a necessidade de melhorar a competitividade, diminuindo o Custo Brasil, revertendo câmbio desfavorável à exportação e melhorando a capacidade competitiva frente a outros países. O presidente do Sindipeças parabenizou o Governo Federal pelas medidas de incentivo à indústria automobilística, com o Novo Regime Automotivo, anunciado na semana passada.
A Secretária do Desenvolvimento da Produção, Heloísa Menezes, aproveitou para dar mais detalhes sobre o Novo Regime Automotivo e suas consequências. Segundo ela, o regime foi concebido com o objetivo de melhorar a competitividade e estimular o investimento em inovação e pesquisa. As empresas que atenderem as exigências, como certificação do INMETRO, investimento em engenharia, investimento em inovação, podem ser beneficiadas com redução de até 30% no IPI, de acordo com a quantidade de conteúdo nacional nos produtos fabricados. Ainda é possível conseguir desconto de mais 2% para as empresas que investem em tecnologia. “É um regime de estímulo, não restritivo, que permite que as empresas de adaptem. O Brasil ganha e a cadeia inteira é beneficiada”, explicou Heloísa Menezes.
O ministro Guido Mantega explicou que o Brasil passou a enfrentar grandes desafios a partir da crise econômica de 2008. Segundo ele, a crise agravou problemas já existentes, como competição com países que têm custo de mão de obra muito baixos e países que praticam uma desvalorização artificial do câmbio, ou que oferecem subsídios. Segundo Mantega, em 2011, houve uma recaída na economia mundial e 2012 deverá ser um ano de novos desafios. O Ministro sinalizou que o Governo Federal continuará estimulando o consumo interno e deverá melhorar as condições competitivas de preço e custo. Entre as medidas, estão a continuidade da política cambial para evitar a valorização do Real, estímulos ao consumo de autopeças nacionais por meio do Novo Regime Automotivo, desoneração da folha de pagamento no setor automotivo, aumento do volume de crédito, com diminuição dos juros de linhas de financiamento, e aumento do prazo para pagamento. De acordo com o ministro, as medidas recentes e as próximas ações que serão tomadas ainda este ano criarão condições para que o setor continue forte e competitivo no Brasil.
Fonte: Jornal alpha Autos